Te amo, garota.


(Enquanto as estrelas cuidam de quem dorme, lá no céu,
Eu, acordada, cuido de quem anda do meu lado
De quem cai comigo e me ajuda a levantar

Enquanto o mar continua velando os pescadores, lá na praia
eu abraço quem foi embora e depois voltou,
feliz por ter de volta)

Aconteceu

E eu não vi
o quão rápido os dias deslizaram...

Os meninos pararam de brincar;
E a senhora recolheu a roupa;

A menina correu pra pegar a flor;
E o casal tão feliz outrora, brigou.

A mãe chamou: filho, entra!
E a noite escureceu...

No céu, estrela nasceu...
Na sala, beijo seu foi meu!

As mãos se soltaram;
E a rodoviária ficou para trás.

As cortinas se fecharam,
E a música parou de tocar...

A vida passou...
eu?
vivi!

Essência

Espero sentada aqui, só
Todo o silêncio que eu tanto quis
me sufoca.

Queria a carta, suja de pó
E o resto do mundo de onde eu fugi
me prendeu.

Quando eu voltar, uma nota "dó"
E a música que eu dancei
me cansou.

Se eu tiver forças, e não mais só
Vou dançar e voltar pro mundo
respirando, livre, nova
me vivendo.

Versos perdidos

Estou tão perto de mim mesma
que cada vez me vejo menos
Cada volta parece menor
Estou tão longe de você


Distantes...

Sambinha.

Venha, meu bem, se balançar
Venha meu bem, vamos dançar.
Saia no ar, sapatilha no chão
Sinta a batida, com seu coração.

Vem, morena, pros meus braços
vem, morena, vem dançar
Cabelos no ar, bate as mãos
Sinta a música, com emoção.

vem, meu nego, vem dançar
nesse embalo, comigo dançar
Sente o pandeiro, de todo coração
Bate as palmas, dança a canção.

Vem, moreno, pros meus braços
vem, moreno, vamos dançar
Segue nesse gingado, segura minha mão.
Dança comigo, veste emoção.

Soneto de Fidelidade

Uma poesia que eu gosto, só pra teste.

Estrelas e asfalto

Só porque uma coisa ou outra incomode,
Não significa que tenhamos que desistir!
As flores nascem todos os dias
em todos os asfaltos da cidade.

Eu esperava mais ar, mais noite, mais tudo
O que me faltou foi oxigênio, árvores e estrelas.
De repente, elas fugiram, com medo de existir
e deixaram a nossa existência vazia.

A tarde cai feito um viaduto,
e os carros correm feito gente.
As luzes da noite gritam lá fora
e meu peito explode aqui dentro.

Eu poderia te guardar comigo.
Ou jogar fora todos os presentes,
mas escolhi simplesmente aproveitar a noite,
enquanto ainda recupero meu fôlego.

Alguns dias chove e chovemos junto.

Vai, menino!

Senta, menino!
Vai queito no teu canto
e me deixa aqui em paz.

Dorme, menino!
Sonha feliz o teu sonho
E me deixa pensar os meus.

Vive, menino!
Corre as ruas com teus jogos
E me deixa viver os meus.

Ama, menino!
Valoriza cada suspiro dos teus amores
E me deixa sentir todos os dias os meus.

Convite

Vem agora, pra mim?
Me dê a sua mão
Pra andarmos juntos?

Vem comigo, assim!
Como uma linda canção
Pra vivermos juntos!

Vem pra mim, enfim...
Viver uma doce ilusão
Cada dia mais juntos...

Vem comigo dar um fim.
Nessa amargura do não,
andar e sorrir juntos.

Momentos

Ao fundo, uma música suave toca...
A menina respira fundo e olha...
Sente o vento tocar-lhe os cabelos.

No quintal de casa, ela sente!
A música, o vento, a si mesma,
Voltando a viver, livre...

No fundo, a menina chora,
Uma separação sempre é dolorida,
Mas dessa vez, é pra melhor!

Os braços se sentem leves,
A pele se arrepia com as notas,
A fulgaz sensação de vida...

Em cada minuto de sentir,
Nessa louca aventura de viver,
Um efêmero sentimento de amar...

Uma noite das nossas vidas

Acabei de me deitar, no escuro.
Abri os olhos sem enxergar,
o sono se foi e a luz apagada.
(uma eternidade depois)

Me virei de lado, bati num muro!
Deitei de costas pra me ajeitar.
o sono se foi e a noite calada...
(alguns quintos de horas, vezes dois)

Levantei, sentei, acendi a luz;
Olhei pras revistas, peguei o violão;
escrevi alguma coisa, li algumas linhas...
(tique taque do relógio, há anos)

De novo no escuro, o sono me seduz.
Olho pro teto, vejo a escuridão;
fecho os olhos, me vêem mil falinhas...
(depois de mais meias horas, planos)

Rolo pra um lado, mudo de jeito.
A luz de novo, mais pensamentos;
Então vem a tevê, o rádio, cds...
(mais alguns minutos, ao quadrado)

O sono volta, me pega, bem feito.
As idéias se vão com os ventos
e eu me rendo, fecho os olhos e durmo,
Sem me preocupar com as rimas do final.


co-autores: Marcelo Tchelo e Douglas Funny, obrigada pela ajuda ;]
Homenagem a um amigo q não dorme e um pouco do que eu tenho sentido nas últimas noites.

por que tantos por quês?

por que um querer tão grande
tem que ser jogado fora?

por que essa saudade gigante
habita no meu peito agora?

por que viver longe
se a gente quer ficar perto?

por que o sorriso se esconde
quando aparecer era o certo?

por que um amigo próximo
vira um rosto distante?

por que uma música no violão
se acaba em silêncio?

por que há tantas dúvidas
e desejos soltos no espaço?

por que sobra tanta falta
e tanto espaço dentro do abraço?

ai, terminei.

Olhar nos seus olhos:
"não te quero mais"
E estragar as minhas palavras

Ter que falar
Aquilo que eu não quero
nem gosto de ouvir

Olhar nos seus olhos
e dizer com os meus
o quanto há nada

Ter que falar
aquilo que temíamos ouvir
e terminar...

HIT THE ROAD JACK, AND DON'T YOU COME BACK NO MORE
NO MORE
NO MORE!

Abraço

Aquele abraço...
nunca mais saiu de mim!
Em cada olhar,
lembro do seu cheiro.
Em cada gesto,
lembro das suas mãos.

Aquele abraço...
nunca mais vai sair de mim
por que a cada passo
eu sinto o seu gosto;
em cada esquina
eu vejo o seu rosto.

Aquele abraço...
vou me morrer nele!
E nunca mais sair de mim
por que a cada instante de vida
eu me perco em você...
eu te encontro em mim...

Encontro

Enquanto os dias passam
rápidos pelas minhas mãos,
eu apenas observo cada pôr do sol,
esperando por algo...
Aquela novidade que eu sei
não vai chegar.

Pretendo encontrar um outro ponto,
me mandar pra outro canto...
(mesmo sem explicação)
Quero me encontrar em outra hora,
mesmo que eu vá embora,
sem deixar ninguém, nem saudade!

Enquanto a minha vida corre
feito água da correnteza,
eu me prendo nessa corrente
e me arrasto, raza, sem graça.
Corro alto, sem rosto.
Pretendo alguém, procuro.

De certo que quanto mais os dias passem
e mais eu espere, ou procure,
menos eu fico em mim mesma
e menos eu encontro algum lugar.
De certo que quanto mais eu queira não ser,
mais eu corra pro que desejo...

Por mais que eu não espere mais nada,
a cada pôr do sol, consigo moldar um rosto;
encontrar algum novo ponto, mais alto!
A cada dia que escorre, um novo sorriso
e a certeza de que um dia, eu chego lá.
E vou me embora, pra poder me achar...

(14/01/08)


p.s.: versos longos = bastante assunto! (a psora q disse)
sem mtas rimas, não me dou bem com elas. Verso livre é o que há!
E o título? Gente, como é difícil!

Meu

Hoje não dá!
Meu tempo é meu
Todo o tempo do mundo
Todo meu, tempo meu

Hoje não posso!
Não te quero!
Todo o querer é meu
E você não é meu querer

Hoje não sinto
Não vejo, não olho
Apenas minto
Pra quem não quero

Hoje o tempo é todo meu
Eu não te quero
Hoje não sou seu
Eu não te espero...

Meu tempo,
Meu dia,
Meu querer,
Meu eu
Hoje, eu sou eu!

Vontades e não-quereres.

Por mais que você me diga amores
Não te acredito mais
Mesmo que cada passo seu
Em minha direção
Seja um arrepio na minha pele
Aah essa proximidade!

Por mais que eu te queira
Sem nexo, louca e insanamente
Eu te expulso daqui,
Mesmo que cada toque da sua mão
Me deixe mais leve...
mais boba, mais quente, mais emoção...

Mesmo que eu te expulse
E você diga que nunca vai voltar,
Eu sempre te tenho!!
Mesmo sem querer,
A cada olhar seu, me sinto
Com mais vontade de te amar.

Eu poderia escrever
E gostaria mais
Usar todas as reles palavras
Que conheço
E as belas construções
Que sempre esqueço...

Eu poderia escrever
Essa minha vontade de gritar
E mostrar pro mundo
O quanto eu quero ser
Eu quero escrever...

Eu deveria colocar no papel
Todas as palavras que penso
Brincar com um pincel
E rimar com qualquer cor!

Eu poderia escrever
E desenhar todas as minhas dores
Pra desabafar meus horrores

Eu deveria desenhar em letras
Cada sonho, palavra e amor

Eu quero escrever.

um bom começo

Preciso escrever sem medo!
E ter um lugar livre
pra contar minhas palavras,
deixar que elas voem soltas.

Sem pretenção alguma de sucesso,
apenas escrever com liberdade.
Manter aqui meu espírito expresso,
buscar mais vida... a espera de uma rima
mais rica, mais beldade!

Um lugar assim, pra eu vir todos os dias,
sem esperar ninguém vir junto.
E escrever... as palavras em versos,
o mundo em poesia.

O meu mundo, se alguém quiser enchergar...
e chegar!